El día sábado 28 de junio se realizaron en Valparaíso una serie de actividades de solidaridad con el pueblo Palestino y contra del genocidio que lleva adelante el enclave israelí.
La convocatoria estuvo a cargo de la coordinadora por Palestina, y comenzó con un mitin en el muelle Prats, donde concurrimos junto a organizaciones que solidarizan con la causa Palestina, organizaciones de izquierda, y trabajadores portuarios, para continuar con una funa a la embarcación de la empresa naviera MSC que traslada contenedores con insumos para la maquinaria de guerra de Israel, posteriormente las actividades concluyeron con un acto político cultural.
Acá como a nivel mundial se han dado manifestaciones de solidaridad con el pueblo palestino y su resistencia contra la agresión genocida de Israel y el imperialismo que busca el exterminio total o la expulsión de los palestinos en Gaza. Las tendencia guerreristas del imperialismo, donde el imperialismo norteamericano pretende fortalecer su debilitada hegemonía mundial, busca disciplinar a las burguesías de los países semicoloniales, así como a la protoburguesía y burocracia de los exestados obreros en proceso de asimilación.
Es importante frenar la maquinaria bélica del enclave y del imperialismo con los métodos de la clase obrera, con la paralización de los puertos, impidiendo la carga y descarga, en definitiva el zarpe los buques con insumos para el enclave israelí. Buenos ejemplos han dado los trabajadores portuarios de Iquique agrupados en Federación de Sindicatos Marítimos Portuarios (Fetrapi) con sus llamados a la solidaridad con métodos obreros, planteando el boicot, bloqueos de puertos y la paralización como lo han hecho los obreros portuarios en distintas partes del mundo como Estados Unidos, Francia, Italia, etc.
Se hace necesario impulsar y redoblar la campaña con acciones más contundentes en contra del genocidio en Palestina mediante métodos de la clase obrera, la única clase que puede darle una salida progresiva para las masas trabajadores del mundo, ante la situación mundial de un capitalismo en descomposición.
Por la solidaridad del proletariado mundial con las masas palestinas y del medio oriente
Viva la resistencia Palestina
Por la destrucción del enclave de Israel
Por una Federación de Repúblicas Socialistas del Medio Oriente y el Magreb
Por la revolución socialista mundial
Nos dias 20 e 21 de junho, foi realizado na cidade de Buenos Aires o III Congresso TRQI, com delegações da LOI Brasil, COR Chile e COR Argentina.
Tendências da situação mundial
Neste ponto, expandimos alguns elementos das teses que foram apresentadas para o Congresso, avançando na caracterização das tendências para a guerra. A agressão desencadeada por Israel contra o Irã, com a intervenção dos Estados Unidos, mostra que estamos presenciando tendências para uma guerra generalizada ou para uma nova guerra mundial. Na campanha eleitoral, Trump havia prometido que iria frear as guerras em andamento, no entanto, acelerou os processos. Mas esta nova guerra não será com as características das duas guerras mundiais anteriores, que foram para arbitrar que potência imperialista seria a única a dirigir o mundo. Nesse caso, seria uma guerra mundial em fase de decomposição do imperialismo, cuja expressão máxima se dá nos Estados Unidos, e da rapina para definir como se integram os ex-Estados operários em processo de assimilação. Seria uma guerra igualmente reacionária, mas não com as características das guerras interimperialistas de guerras anteriores, já que não definimos os ex-Estados operários como China e Rússia como imperialistas.
Reafirmamos a definição da ruptura do equilíbrio instável, uma vez que as instituições criadas no pós-guerra não estão desempenhando nenhum papel nas guerras abertas e nos processos de crise econômica que se aceleram.
Definimos que estamos em um processo de recessão na economia mundial, agravada pela política tarifária de Trump e que o conflito entre Irã e Israel pode levar a um aumento no preço do petróleo e levaria a possíveis processos de aumento da inflação. Esta situação internacional vai abrir situações de luta de classes mais agudas, já que os diferentes governos terão que se preparar para um cenário de guerra e terão que ajustar sua economia, o que provocará confrontos de classe e, dessa forma, devemos intervir nas fileiras do proletariado com um programa de transição que proponha uma saída revolucionária para o massacre ao qual o imperialismo e seus aliados pretendem nos levar.
Discussões sobre a China
Também discutimos como abordar o debate que está passando por grande parte do centrismo em relação à análise da China. Discutimos tentar recuperar a abordagem metodológica que Trotsky propôs para analisar as economias em transição após uma revolução: a interação entre a lei do valor e a lei da acumulação socialista, entre seus conflitos e sua harmonia. Nessa interação estão os aspectos internacionais e nacionais em que essas leis operam, a relação entre a concorrência mundial e os sistemas econômicos, de um lado, e, no nível nacional, a conexão entre economia e regime. Acreditamos que é importante retomar essa abordagem, pois nos permite entender a dinâmica da lei do valor e suas contratendências, em vez de analisar os fenômenos revolucionários apenas do ponto de vista da lei da acumulação ou do desenvolvimento desigual e combinado, sem apreciar as mudanças que a intervenção consciente de uma direção revolucionária produziu nas leis do capital. A perspectiva do centrismo não leva em conta essas interações e toma as leis do capital de forma abstrata. Várias correntes que se dizem trotskistas argumentam que o capitalismo já foi definitivamente restaurado na China e algumas até argumentam que é imperialista. Existem até correntes que dizem que a China é um capitalismo sui generis em processo de ser imperialista. Insistimos que o processo de assimilação da China e da Rússia ainda não está encerrado e isso dependerá dos processos da luta de classes em nível nacional e internacional e da dinâmica do confronto entre revolução e contrarrevolução que nos é colocado neste cenário.
Brasil
O governo Lula está perdendo apoio popular e não tem substituto eleitoral, o que dificulta ainda mais o governo. Da parte da oposição burguesa, o bolsonarismo estaria em retirada e estão em busca de quem vai ocupar seu lugar entre alguma figura do centro ou se pode ser o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas. Nesses meses, desenvolveram-se lutas educacionais em diferentes níveis, que foram traídas pela burocracia. Nossa corrente participou desta importante luta contra a burocracia e conseguimos conquistar um lugar de destaque na vanguarda.
Diante do cenário mundial, temos de procurar uma maior intervenção no movimento operário com uma linha internacional e fazer avançar o trabalho para frear o genocídio em Gaza. O governo Lula exporta 40% do petróleo para Israel, portanto, o proletariado tem uma tarefa pesada na luta contra esse massacre.
Chile
O governo de Boric continua se adaptando à agenda da direita chilena, o que permite um avanço mais repressivo nos conflitos e posiciona a oposição burguesa com chance de retornar ao governo. Por sua vez, a Frente Ampla, que surgiu como a resposta da burguesia ao movimento de massas de 2019, mostrou rapidamente que é mais um servidor dos interesses imperialistas e que está disposta a atacar a classe trabalhadora para garanti-los. Houve lutas dos trabalhadores nos setores pesqueiros, por exemplo, mas isoladas por mediações reformistas e pela burocracia. É de vital importância ter agitação revolucionária e redobrar esforços para organizar a vanguarda operária que vem desenvolvendo experiências atomizadas para que seja o germe de um partido revolucionário que derrote a burguesia pró-imperialista, de todas as cores, e seus agentes em nossas fileiras.
Argentina
Milei rompeu com a tradição diplomática do Estado argentino de "neutralidade" diante dos confrontos militares e se alinhou fervorosamente com os EUA e o enclave de Israel, portanto, a luta para derrotar a política imperialista na região está inextricavelmente ligada à luta pela derrota de Milei, visando desenvolver métodos dos trabalhadores no campo da produção para afetar seus interesses.
Enquanto o Congresso acontecia, ainda ressoava a notícia da prisão de Cristina Fernández de Kirchner e o posicionamento escandaloso de grande parte do centrismo local contra a "proscrição". Isso mostrou um salto na adaptação de um setor do centrismo trotskista ao regime burguês.
O chamado para a Conferência Internacional para a Reconstrução da Quarta Internacional
A situação internacional e as perspectivas de um cenário de guerra confrontam os revolucionários com tarefas históricas transcendentais, daí a importância de discutir com as tendências que reivindicam a ditadura do proletariado para avançar na reconstrução da Quarta Internacional. No entanto, o curso de adaptação das instituições da democracia burguesa e as concepções oportunistas de muitas correntes que se reivindicam trotskistas em nível internacional se tornam um obstáculo a essa perspectiva. Continuamos insistindo na importância de desenvolver uma minoria revolucionária organizada dentro do movimento operário para realizar a tarefa indispensável da luta programática pela revolução socialista. Neste caminho não vemos utilidade na realização de eventos autoproclamados, onde se pretende tomar o lugar do mandelismo da época passada, que renunciou à ditadura do proletariado, nem na reunião de grupos sem acordos programáticos com noções vagas como a "nova internacional". Como TRQI, reivindicamos que é a partir do programa da Quarta Internacional, da sistematização e generalização da experiência da Revolução Russa que Trotsky nos deixou que devemos continuar desenvolvendo a luta pela revolução mundial na época imperialista.
Resoluções
No sábado, às teses propostas foram aprovadas e as resoluções foram votadas. Incluindo:
- Realizar uma campanha de agitação e propaganda propondo as tarefas que o proletariado tem para enfrentar o imperialismo e contra a militarização dos Estados, destacando os métodos dos trabalhadores e incentivando a paralisação da produção para afetar os interesses imperialistas. Nesse sentido, promover ações, palestras, publicação de materiais.
- Redobrar a campanha contra o genocídio em Gaza a partir de uma política operária, propondo que a saída é a luta revolucionária pela Federação das Repúblicas Socialistas do Oriente Médio. Promover atividades de frente única com aqueles que compartilham essa perspectiva para denunciar os planos do enclave.
- Publicar as teses sob a forma de folheto e apresentá-las nos comitês regionais dos grupos.
- Publicar um novo número da revista internacional.
No sábado, 21 de junho, os Estados Unidos se envolveram diretamente na guerra declarada por Israel ao Irã em 13 de junho, atacando alvos militares, instalações de logística de transporte nuclear e de petróleo e assassinando vários líderes militares e políticos. Com a Operação Martelo da Meia-Noite, os Estados Unidos bombardearam instalações nucleares em Fordow, Natanz e Isfahan. Dois dias depois, no momento da redação deste texto, o governo Trump anunciou um suposto cessar-fogo, que ainda não foi confirmado por Israel ou pelo Irã. O parlamento iraniano recomendou o fechamento do Estreito de Ormuz, uma decisão tomada pelo líder supremo do regime, o aiatolá Ali Khamenei. Vinte por cento do consumo diário mundial de petróleo passa por este estreito, um importante centro de comércio internacional, especialmente para a Europa, os Estados Unidos e a China. Portanto, se o conflito continuar por muito tempo, as consequências econômicas globais serão significativas, pois o preço do petróleo aumentará, aumentando os custos do frete, levando a um aumento nos preços gerais, o que aumentará as pressões inflacionárias em meio a uma recessão global.
Alguns funcionários do regime iraniano se reunirão com Putin para buscar fortalecer alianças. O Irã continua a atacar Israel com mísseis, o que está acelerando uma crise política dentro do enclave e levantando questões sobre para onde as políticas de Netanyahu os estão levando.
Ao intervir, os EUA tentam salvar seu sócio de Israel e remodelar o Oriente Médio, em meio a uma situação de decomposição do imperialismo norte-americano e ao desespero do enclave imperialista de Israel, que vê seu poder na região ruir. Nessa situação global, esses ataques militares expressam que o imperialismo já não pode mais dominar com as instituições criadas no pós-guerra e deve apelar ao poderio militar para alcançar vitórias táticas, mas se abrem cenários de maior convulsão global. Alguns assessores de Trump chegaram a recomendar que ele não se envolvesse, visto que enfrentam uma ameaça maior dentro de seu próprio país com os conflitos abertos pela política anti-imigração.
Assistimos a uma tendência à guerra generalizada, na qual o imperialismo norte-americano em declínio busca manter sua hegemonia global sem ter conseguido conter o desenvolvimento de uma crise mundial desde 2008. A isso se somam os processos de assimilação dos antigos Estados operários ao sistema capitalista, que, como a situação demonstra, estão se tornando cada vez mais catastróficos. A ruptura desse equilíbrio instável abre caminho para uma série de processos políticos e sociais que o imperialismo tenta resolver com preparativos belicistas e ataques às massas, aos quais devemos responder preparando processos revolucionários para conter as tendências belicistas e fornecer uma solução operária e socialista, derrotando o imperialismo e seus agentes nacionais. Devemos desenvolver uma luta internacional para envolver grande parte do proletariado no debate sobre os problemas internacionais e as tarefas deles decorrentes.
Somos a favor da vitória militar do Irã contra o imperialismo e o enclave israelense, mas não defendemos o regime iraniano; apelamos à organização independente do proletariado, que é a única classe interessada em derrotar seus algozes. Uma tarefa central é recuperar consignas anti-imperialistas e confrontar os regimes bonapartistas sui generis do Oriente Médio; essas burguesias fantoches do imperialismo são traidoras da causa palestina. São traidoras de qualquer ideia de libertação nacional, mesmo a de seus próprios países, levando com seus experimentos nacionalistas burgueses, sejam eles nacionalistas ou islâmicos, à prostração total ao imperialismo, à repressão violenta dos trabalhadores e dos pobres e à decomposição territorial dos semi-Estados artificiais criados no pós-guerra, como vemos hoje na Líbia, Síria, Líbano e Iraque.
O proletariado do Oriente Médio e do Magrebe deve confrontar seus governos e expulsar o imperialismo da região, destruir o enclave israelense, e assim deter o genocídio em Gaza. Isso se faz por meio da formação de uma Federação das Repúblicas Socialistas do Oriente Médio e do Magrebe como forma estatal da ditadura do proletariado internacional. O proletariado dos países imperialistas deve derrotar seus governos e deter a guerra. O proletariado russo e ucraniano deve lutar em conjunto para derrotar o processo de assimilação dos ex-Estados operários e transformar essa guerra em uma guerra de autodefesa revolucionária. O proletariado chinês deve entrar em cena contra esse processo de assimilação e se unir às lutas dos trabalhadores em todo o mundo. Em suma, devemos buscar a intervenção de batalhões operários em todos os países, de forma independente, para que, com os métodos e a organização da classe, possamos deter o massacre de uma nova guerra mundial, para a qual eles querem nos conduzir.
Por uma Conferência Internacional para a Reconstrução da Quarta Internacional
Dada a magnitude da crise, a aceleração dos preparativos de guerra e as consequências que isso terá para a nossa classe, é urgente convocar uma Conferência Internacional com as correntes que ainda sustentam a ditadura do proletariado. Fazemos este chamado pela necessidade de promover um debate dentro das correntes trotskistas, reagrupar a vanguarda em torno de um programa revolucionário e poder intervir na situação internacional como uma direção revolucionária que aspira ao surgimento de uma nova geração que assuma as tarefas históricas de construir o partido mundial da revolução, que nesta era é a reconstrução da Quarta Internacional.
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina
Se mantiene el asedio genocida del enclave de Israel sobre el pueblo Palestino. A dos meses que el enclave sionista rompiera el cese al fuego limitado, retomando sin cesar las masacres, Netanyahu anuncia los planes para invadir y vaciar Gaza de gazatíes con la intención de expulsarlos o aniquilarlos, propagandiza insertar asentamientos de colonos y ejercer el control político y militar directo de la franja de la mano del imperialismo. Enconado en este objetivo, no permite el ingreso de alimentos y medicinas a la franja, lo que ya está provocando la muerte por inanición de niños y cientos de víctimas que no pueden ser asistidas, además de continuar con el ataque a hospitales, e infraestructura, y suma a diario más y más muertes de palestinos.
Esto se da en el marco de una orientación del imperialismo norteamericano de retomar su debilitada hegemonía mundial, buscando pactos regionales con las descompuestas burguesías y lumpenburguesías como la de Arabia Saudita, la de Siria o la del Líbano, etc, quienes intentan restablecer un nuevo equilibrio ya que el que estableció la postguerra mediante el nakba y la misma creación del enclave de ocupación imperialista, se encuentra hecha añicos. Ruptura del equilibrio que fuerza al imperialismo también a buscar imponer condiciones a los ex estados obreros para semicolonizarlos como en Ucrania, o la guerra arancelaria para disputarle el comercio mundial a China.
En el plano interno el gobierno de Trump viene teniendo una línea de persecución y represión ante las manifestaciones en apoyo a Palestina, chocando abiertamente con amplios sectores de la juventud norteamericana e inmigrante, con epicentro en las universidades. Y es que esta crisis de hegemonía del amo yanqui provoca la absorción de las contradicciones mundiales en su seno abriendo procesos de lucha de clases donde la poderosa clase obrera norteamericana puede desempeñar un papel primordial para detener la maquinaria de guerra con los métodos obreros.
También se verifica que las instituciones de posguerra como la ONU se encuentran en la total decadencia al no poder dar una salida reaccionaria como la de dos estados entre Israel y Palestina, mientras caen asesinados decenas de médicos y rescatistas vinculados a organismos internacionales, con el aval silencioso o cínico de los representantes del imperialismo europeo, que aparece como “un actor de reparto” ante la orientación de la administración Trump.
Trump ha llevado una línea agresiva para imponer nuevas condiciones en el reparto mundial, en la búsqueda de asimilar a los ex estados obreros al sistema capitalista, además de una nueva relación capital trabajo.
Las burguesías árabes y del medio oriente han mostrado su rol pérfido en el conflicto, incluidas las direcciones palestinas como las de la ANP, las que buscan poner paños fríos y evitar que escale la solidaridad con el pueblo Palestino.
Además de su propia descomposición interna Israel se enfrenta a la resistencia palestina y de las masas árabes aisladas o contenidas por sus direcciones burguesas. Es el proletariado mundial con sus métodos debe encabezar la solidaridad con la resistencia y el pueblo palestino, en especial en los países imperialistas que deben detener la máquina de guerra.
¡Viva la resistencia palestina!
¡Por la destrucción del estado de Israel!
¡Por una federación de republicas socialistas de medio oriente y el Magreb!
1° DE MAYO-¡LEVANTEMOS LA BANDERA INTERNACIONALISTA DE LA CLASE OBRERA REVOLUCIONARIA!-DECLARACIÓN DE LA TRCI
En "El Nuevo Curso 39", publicación periódica de la Corriente Obrera Revolucionaria de Chile.
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Diante da crise capitalista e das políticas belicistas
O mundo continua a vivenciar uma fase que chamamos de decomposição do imperialismo e assimilação dos ex-Estados operários.
Os Estados Unidos lançaram uma guerra tarifária como resposta decadente a um imperialismo em crise, que não conseguiu estabilizar sua hegemonia com as instituições criadas no pós-guerra, nem assimilar os ex- Estados operários ao sistema de Estados capitalistas (o que implicaria a destruição de suas forças produtivas, o desmembramento territorial e a recomposição do império da lei do valor, substituindo a centralização burocrática estatal pelo sistema de monopólios, transformando-os em semicolônias). Isso levou todas as contradições do sistema, em crise, a explodirem no próprio coração dos Estados Unidos. Estamos testemunhando uma política muito aventureira e delirante de ruptura do instável equilíbrio do pós-guerra. Ou seja, assistimos a uma transição para uma nova reconfiguração de equilíbrios num momento agudo da crise capitalista.
A economia global caminha para uma recessão com elementos de depressão, com crises de dívida nas semicolônias e processos inflacionários em grande parte do planeta. O sistema capitalista expressa uma crise histórica na organização das relações sociais de produção e nas suas formas de dominação. Entrou em uma contradição explosiva, pois não conseguiu conter a relação capital-trabalho dentro das instituições criadas para sua dominação e não conseguiu encontrar, no processo histórico, sua substituição por outra forma de dominação estatal burguesa.
Neste contexto internacional, os trabalhadores dos EUA têm a palavra. Eles devem enfrentar Trump e seus aliados, resgatar os sindicatos da burocracia sindical e da aristocracia trabalhista historicamente ligada ao Partido Democrata e conquistar setores do proletariado para uma política de internacionalismo e unidade entre os setores produtivos nos diversos países onde o capital imperialista penetrou.
Diante do colapso do Reino Unido, da União Europeia e do estado de bem-estar social, que só têm preparativos de guerra a oferecer, a resposta dos trabalhadores deve ser abrir processos revolucionários que enfrentem os governos imperialistas que nos colocaram nessa situação.
Devemos pôr fim às políticas belicistas do imperialismo em todo o mundo: para que a resistência palestina no Oriente Médio triunfe e destrua o enclave israelense e todas as lideranças contra-revolucionárias; para o proletariado ucraniano e russo confrontar seus governos e desenvolver uma guerra revolucionária para derrotar o processo de assimilação em curso; para que o proletariado chinês possa fazer parte das lutas do proletariado mundial e enfrentar o processo de assimilação do ex-Estado operário.
Os trabalhadores de todo o mundo devem enfrentar essa situação histórica globalmente com a força de nossa classe para destruir esse sistema capitalista que só pode garantir a superexploração e uma vida miserável. Ao mesmo tempo, devemos combater qualquer noção de conciliação de classes em nome de "frentes antifascistas" para conter uma suposta "extrema direita" que tende a defender a democracia burguesa por trás de variantes "progressistas" como Bernie Sanders, o Parti de Gauche, nos países imperialistas, ou em suas formas semicoloniais como o Partido dos Trabalhadores no Brasil, o Partido dos Trabalhadores no Chile ou as coalizões peronistas na Argentina. As correntes trotskistas devem lutar pela independência de classe e não recriar, de forma degradada, a tática da Frente Única com partidos que não têm base na classe trabalhadora e dependem apenas de instituições burguesas.
Neste 1º de maio, reafirmamos nossa história como classe e levantamos firmemente as bandeiras da Comuna de Paris, da Revolução Russa, dos mártires de Chicago e dos líderes trabalhistas que morreram ou foram mortos confrontando este sistema. Portanto, 139 anos depois daquele Primeiro de Maio, quando a burguesia americana assassinou os mártires de Chicago, é crucial retomar o trabalho dos revolucionários na luta contra o capitalismo e suas instituições, especialmente os Estados-nação. Lutamos pela destruição do Estado burguês e nos baseamos na experiência da Revolução Russa e seu sistema soviético para continuar esse caminho de luta.
Para que o internacionalismo se desenvolva, a reconstrução da Quarta Internacional é primordial para fornecer uma liderança revolucionária a esse processo histórico, para regenerar uma vanguarda da classe trabalhadora que possa oferecer uma perspectiva marxista ao proletariado mundial. Acreditamos que, como primeiro passo nessa direção, devemos convocar uma conferência internacional das correntes trotskistas que ainda defendem a ditadura do proletariado para discutir as tarefas futuras diante da situação global.
Pela unidade internacionalista dos trabalhadores contra o imperialismo e suas políticas bélicas.
Pela derrota do enclave israelense e pelo triunfo da resistência palestina!
Viva a luta da classe trabalhadora mundial! Viva a Quarta Internacional!
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina
Organicemos a nuestra clase para parar el genocidio
El enclave sionista ha roto el martes 18 de marzo unilateralmente la tregua con Hamas, asesinando a centenares de gazatíes (los muertos se cifran en más de 500 además de centenares de heridos, y desaparecidos). “Tregua” por lo demás superficial, manteniendo la continuidad del asedio, la colonización, represión y muerte en Cisjordania, además de las recientes masacres de parte de EEUU en Yemen, o los bombardeos sobre Siria o el Líbano.
Israel ha realizado ataques por aire y por tierra a Gaza, todo esto con el apoyo del imperialismo norteamericano. Trump y su administración, además de blandir su sadismo genocida de convertir a Gaza en un resort, viene reprimiendo en el frente interno toda manifestación de apoyo a la resistencia palestina. La emprendió contra la juventud y activismo, sobre todo de las universidades, que tiene como símbolo el arresto y procesamiento de Mahmoud Khalil, preparando su deportación por haber sido parte de las protestas universitarias el año pasado contra la administración Biden de apoyo irrestricto al enclave de Israel.
El imperialismo viene buscando imponer un nuevo ordenamiento mundial, pretendiendo la asimilación de los ex estados obreros (como Rusia o China) como semicolonias, y establecer una nueva relación capital trabajo ante a decadencia de la hegemonía yanqui. Las instituciones creadas por ellos mismo en la posguerra como la ONU ya no le es útil, institución imperialista que fue la que creó al enclave de Israel, dando luz verde a los sionista para la Nakba de los palestinos, y sacramentó el latrocinio de la tierra y el exterminio de la población con la política reaccionaria de dos estados.
Detengamos el Genocidio
Miles de manifestaciones en apoyo al pueblo palestino y contra el genocidio se despliegan en distintas partes del mundo. Es prioritario que confluyan con la clase obrera que es la que puede, mediante sus métodos como el paro o el boicot a la producción y transporte de armamento, el bloqueo a los puertos y suministros al enclave, detener la maquinaria de guerra yendo en auxilio de las masas palestinas.
Queda claro que la intervención del imperialismo en Medio Oriente, con el apoyo de diversas fracciones de la burguesía árabe y demás elementos descompuestos, sólo lleva a la barbarie, a la desorganización de la resistencia y al agobio y penurias de los pueblos de la región. Sólo una dirección revolucionaria puede brindar una perspectiva interviniendo con el claro norte de destruir el enclave israelí, en unidad con la clase obrera mundial, en una guerra revolucionaria por instaurar una Federación de Repúblicas Socialistas de Medio Oriente y el Magreb. Ante este escenario hacemos un llamado a las organizaciones que reivindican la necesidad de la dictadura del proletariado y del partido mundial de la revolución socialista a impulsar una conferencia internacional para saldar la crisis de dirección, dando pasos en la reconstrucción de la IV Internacional.
Por destrucción del Enclave de Israel.
Por la victoria de la resistencia palestina
Por una Federación de Republicas Socialistas del Medio Oriente y el Magreb
Por la Revolución Socialista Mundial
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Preparemos a nuestra clase en la lucha contra el capitalismo imperialista
El 8 de marzo es el día internacional de la mujer trabajadora. Conmemoración forjada con la lucha valerosa de cientos de miles de mujeres activistas y revolucionarias desde los inicios de la actual etapa de descomposición del capitalismo, el imperialismo. Ora por los derechos políticos, por los derechos reproductivos, por la igualdad social y contra la explotación del capital, fuente de esa doble opresión. Fue la revolución de febrero en Rusia (el 8 de marzo para el calendario gregoriano) la que coincidió con la conmemoración del día Internacional dela mujer trabajadora, que tuvo como protagonista indiscutible a las obreras rusas, cuyo impulso puso en marcha el derrocamiento del zar que inició el proceso que llevara a la victoria al proletariado, inaugurando la era de la revolución proletaria.
Durante decenios el capitalismo ha intentado cooptar, absorber, domesticar esta conmemoración, con el fin de confundir a la mujer trabajadora en las filas de la mujer burguesa. Los feminismos de conjunto, como una expresión pequeñoburguesa, han diluido el carácter de clase de la luchas de la mujer, levantando reivindicaciones propias del arribismo burgués (participación de la mujer en directorios de empresas o en instituciones burguesas) o con expresiones separatistas para fragmentar las filas obreras.
Cientos de organizaciones autodenominadas revolucionarias, abandonaron sus larvados programas para levantar la bandera “feminista”, provocando la disgregación de los programas y las luchas políticas, para sumarse a las agendas identitarias quitando el filo revolucionario a la lucha por la liberación de la mujer de toda forma de opresión.
El regreso de Trump a la presidencia de EEUU, con su línea de imponer un reordenamiento mundial, deja al descubierto el carácter del imperialismo que es reacción en toda línea. Una reacción que se juega a asestar duros golpes sobre el proletariado internacional, pauperizando a la clase de conjunto y empeorando las condiciones sociales de la mujer obrera.
Ante esto se levantan voces de que la lucha es “contra el fascismo” o contra una supuesta “restauración conservadora”. Estas consignas encubren el carácter reformista de su orientación, pretendiendo una vez más diluir la lucha contra la descomposición capitalista y la ofensiva imperialista en una lucha por maquillar el régimen burgués.
En Chile, luego de más de 3 años de un gobierno “feminista”, el carácter reaccionario de este bonapartismo pequeñoburgués, nos recuerda el apoyo dado de amplios sectores a esta farsa de “lucha contra el fascismo”. El balance vuelve a ser que se perdió la oportunidad de “conquistar derechos” con la derrota del proceso constituyente. Preparan un escenario preelectoral donde los actuales administradores, y parásitos menores, de los negocios capitalistas, posen de abanderados de los derechos democráticos. Los mismos que blindaron con impunidad a represores y asesinos, que encarcelaron a luchadores, que despojan a pobladores de sus viviendas, que militarizan el país ante cada oportunidad, que criminalizan la protesta y la pobreza, que encubre desapariciones como Julia Chuñil, volverán a mostrarse como la alternativa o “mal menor” ante el fortalecimiento electoral de tendencias ultrareaccionarias. Tendencias que, como la de Milei en Argentina, se van debilitando al calor de su propia decadencia y de las luchas obreras.
Es necesario recuperar el 8 de marzo como un día de lucha de la mujer trabajadora, un día de nuestra clase en su lucha por la emancipación.
Paso a la Mujer trabajadora
Recuperemos nuestras organizaciones para la lucha
Por un Congreso de delegados de base de la clase trabajadora
Luchemos por la aparición con vida de Julia Chuñil
Em novembro do ano passado, um importante debate sobre condições de trabalho se impôs, superando as bolhas da internet, que foi a discussão sobre a escala 6x1, impulsionado pela deputada Erika Hilton (PSOL), que apresentou projeto de lei na câmara dos deputados.
O tema mobilizou forças políticas em todos os espectros políticos - contra e a favor - e trouxe à ordem do dia a pauta sobre as condições de trabalho, e consequentemente ataques diretos aos trabalhadores como forma de garantir os lucros da burguesia e recuperar a produtividade, em um momento de aprofundamento da crise capitalista, marcada entre outros justamente pela queda dos índices mundiais de produção.
Porém, a discussão posta com a proposta da deputada psolista se dá de forma rebaixada, localizada nos marcos do parlamento burguês e acompanhando as próprias políticas de flexibilização do patronato. O que está implícito no bojo dessa medida são: a redução de jornada com a redução de salário, lay-off, banco de horas e o arrocho salarial.
As escalas de trabalho sofrem alterações ou mudanças de ritmo e tempo de acordo com as necessidades e interesses dos capitalistas, cujo processo produtivo já emprega inúmeras jornadas de trabalho na perspectiva da divisão social do trabalho. Essas escalas são negociadas nas mesas dos burocratas sindicais, que estão há tempos afastados dos locais de trabalho, logo de suas bases e colados ao Estado, conciliando-se com patrões enquanto atuam como muro de contenção da luta de classes.
Como contraponto a essa política patronal, a política que se impõe é a da ESCALA MÓVEL DAS HORAS DE TRABALHO - em que todo o trabalho disponível, deve ser distribuído entre toda a força de trabalho disponível, sem qualquer redução salarial, e essa luta deve ser levantada não através das instituições da burguesia como o parlamento e o judiciário, mas através de nossos métodos históricos de luta, e sempre sob a luz da independência de classe.
Para isso, mais do que atos de rua isolados, é preciso que os sindicatos e centrais sindicais tomem a frente desse processo, tomando para si o protagonismo dessa luta, porém, diante da política deliberada de contenção da luta de classes, empreendida pelas direções sindicais e políticas da esquerda eleitoral, se torna urgente a necessidade de recuperação dos sindicatos dessas camarilhas que se apossaram do nosso instrumento de luta e o transformaram em seu meio de vida, desviando toda a luta histórica para as instituições burguesas, advogando que migalhas em meio aos destroços, devem ser consideradas como vitórias.
- PELA ESCALA MÓVEL DE HORAS DE TRABALHO!
- PELA ORGANIZAÇÃO NAS NOSSAS ESTRUTURAS, COM NOSSOS MÉTODOS HISTÓRICOS DE LUTA E INDEPENDÊNCIA DE CLASSE!
Uma onda de críticas abalou o mundo após as declarações de Donald Trump em 04/02, nas quais ele propôs que os EUA "assumissem o controle" da Faixa de Gaza. Essa "iniciativa" implicaria, ele deixou claro, a expulsão dos palestinos daquele território em que enfrentam, há mais de um ano, bombardeios e cercos pelas Forças de Defesa de Israel. O imperialismo propõe uma limpeza étnica definitiva como “solução final” para a guerra genocida do seu enclave israelense contra os palestinos, atualmente suspensa após uma trégua imposta aos sionistas pela resistência.
Não é por acaso que esta proposta desastrosa, mais um exemplo da barbárie que o decadente sistema capitalista oferece à humanidade, foi feita na primeira recepção internacional de Trump após assumir o cargo de presidente pela segunda vez. O homenageado foi justamente Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro da entidade de ocupação. Trump vem, assim, em socorro do governo sionista, que se debate com a incapacidade de encontrar uma solução não só para o conflito atual, mas também para uma crise de magnitude histórica, já que Israel é o produto de uma institucionalidade imperialista típica do equilíbrio do pós-guerra, que hoje range por todos os lados. Trump propõe, seguindo a linha de sua primeira presidência, destruir toda essa velha institucionalidade, e sua proposta para a Faixa de Gaza, mesmo que não seja viável, coloca a defesa ianque de Israel em primeiro lugar como uma premissa fundamental da pretendida nova ordem mundial.
Os hipócritas imperialistas que dirigem os governos europeus, assim como os fantoches de todas as cores no Oriente Médio e no resto do mundo, estão defendendo o direito internacional, rasgando as vestes contra a afronta aos direitos humanos implícita nas declarações de Trump, gritando a necessidade de manter as instituições do sistema das Nações Unidas, que eles retratam como garantidoras da paz, mas são, ao contrário, as instituições que permitiram o recente massacre em Gaza, a continuação da guerra na Ucrânia, a limpeza étnica na África e na Ásia e todas as atrocidades das potências imperialistas nos últimos anos. Governos como o do líder trabalhista britânico Christy Cooney e do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, assim como os governos da ONU e da UE, são cúmplices da expulsão do povo palestino de sua terra, que está se aproximando de seu 80º aniversário, bem como do genocídio em andamento, que agora está apenas em pausa. Os senhores democratas, liberais e conservadores, defensores das instituições capitalistas, nada têm a oferecer ao proletariado e aos povos oprimidos, exceto uma versão (na aparência) um pouco menos brutal do que a barbárie a que Trump e seu governo de multimilionários servem hoje. Uma versão que faz parte da preparação militarista dos líderes burgueses do capitalismo decadente, anunciada pela própria presidente da Comissão Europeia, von der Leyen, ao solicitar o relaxamento das regras fiscais e da dívida da UE para aumentar os orçamentos de defesa; nem deixa de ser governado pelo único eixo claro que o imperialismo tem, que é a necessidade de modificar a relação capital-trabalho a seu favor, atacando nossa classe, como vêm fazendo na Polônia, Ucrânia e outros países.
Como já dissemos, Trump persegue a ideia de recuperar a liderança perdida nos últimos anos e, com base em uma política agressiva no plano econômico e no poder militar, pretende recuperar a influência perdida, especialmente contra a China, em diferentes regiões para tentar impor uma nova direção — em seu declínio — para a situação mundial. Suas primeiras medidas mostraram os limites da máquina produtiva e financeira ianque, ameaçando com uma guerra tarifária contra o México e o Canadá, que teve que ser suspensa por 30 dias devido à resistência da própria burguesia imperialista, que teme que tais medidas acabem minando ainda mais a saúde já debilitada da economia americana. Entretanto, tanto o governo Trudeau, em vias de saída, quanto o governo mexicano de Sheinbaum tiveram que se subordinar e ceder ao pedido de militarização das fronteiras de seus países. Sheinbaum mostra que Trump não conta apenas com Milei, Bukele e outros presidentes capachos da América Latina; também são oferecidos os serviços de um progressismo decadente, pronto para mobilizar 10 mil tropas contra seu próprio povo para satisfazer o mestre imperialista.
UNIDADE INTERNACIONAL CONTRA O IMPERIALISMO
As reações de raiva e o enfrentamento à agressão imperialista expressa por Trump já se refletiram nas manifestações contra as deportações nos próprios Estados Unidos. Podemos esperar que os jovens de lá, assim como da Europa, assumam a luta pelo povo palestino. Essas manifestações anti-imperialistas são um alerta para a classe trabalhadora organizada e sua vanguarda, que realizou ações de solidariedade muito importantes, mas não conseguiu liderar essas expressões de luta. O proletariado tem a capacidade de enfrentar o capitalismo na sua base, impondo a paralisação da produção e seu controle para deixar a burguesia no ar e detonar os alicerces de seus Estados. Lutar contra a assimilação capitalista dos ex-Estados operários e os governos bonapartistas da Rússia e da China que buscam disputar a liderança do processo de restauração com o imperialismo, com todo o retrocesso social que isso implica. Lutando pela destruição de Israel, a entidade de ocupação sionista no Oriente Médio, e contra todos os governos burgueses da região (árabe, turco e iraniano) cúmplices do massacre do povo palestino, lutando pela Federação das Repúblicas Socialistas do Oriente Médio como forma política da ditadura do proletariado. Para realizar todas essas enormes tarefas que temos pela frente, é necessário abordar a tarefa de resolver a crise da direção revolucionária do proletariado que se mostra, mais uma vez, ser a crise da humanidade. A cada passo, a situação fornece novos elementos para convocar urgentemente uma Conferência Internacional para a reconstrução da Quarta Internacional e suas seçõe
s nacionais.
Diante da magnitude da crise e da aceleração dos preparativos belicistas, conscientes das consequências que isso implica para nossa classe, torna-se urgente o chamado a uma Conferência Internacional para as correntes que ainda levantam a necessidade da ditadura do proletariado.
Fazemos este chamado com o propósito de abrir um debate no interior das correntes que se reivindicam trotskistas, já que o trotskismo é a única tradição marxista que mantém viva a perspectiva da revolução socialista. É necessário dar um passo no sentido de reagrupar parte da vanguarda atrás de um programa revolucionário e poder intervir na situação internacional. Nossa corrente aspira atuar nesse processo como uma tendência de uma direção revolucionária que impulsione o desenvolvimento de uma nova geração que retome as tarefas históricas de construir o partido mundial da revolução, que nesta época é a reconstrução da IV Internacional. A construção deste partido torna-se imperiosa, num momento em que prevalecem as ideias de movimentos ou coalizões eleitorais, que depois se transformam em mediações podres e entram em crise por sua impotência para enfrentar o avanço de setores ultrarreacionários. Isso foi visto, por exemplo, no Brasil onde o PSOL apoiou Lula, no Chile com o colapso da Frente Ampla de Boric e sua aliança com o PC e correntes afins, ou o NPA da França que fez uma campanha em comum com a “França Insubmissa” de Melenchon, para dar apenas alguns exemplos.
Desde a TRQI definimos que a situação internacional se encontra numa etapa caracterizada pela decomposição do imperialismo e pelos processos de assimilação dos ex-Estados operários. Assistimos a uma aceleração dos tempos, impulsionada pela política belicista do imperialismo, na necessidade de assimilar os ex-Estados operários e abrir novos mercados em meio a uma crise na organização do capital e suas instituições, como o Estado burguês, e da sua forma de dominação, com um bonapartismo decadente.
Em 20/01/25, Donald Trump assumiu seu segundo mandato, rodeado pelo establishment financeiro e político mais concentrado do mundo e representantes políticos internacionais. O discurso que pronunciou no Capitólio levantou a ideia de recuperar a liderança perdida nos últimos anos e, com base numa política agressiva a nível econômico e no poderio militar, tem como objetivo recuperar a influência perdida – pela sua decadência – em diferentes regiões, especialmente diante da China, para tentar impor uma nova saída para a situação mundial.
Devemos discutir as tarefas dos revolucionários e a política para os setores organizados do proletariado diante da extensão no tempo da crise econômica mundial aberta em 2008. Os elementos belicistas estão se acentuando, como mostram a guerra Rússia-Ucrânia, que está desestabilizando grande parte da Europa; o genocídio na Palestina por parte do enclave de Israel, que está gerando uma crise aberta na região do Oriente Médio, como ficou demonstrado na queda de Al Assad na Síria; a guerra comercial entre EUA e China; a crise na África.
Temos de discutir qual papel deve desempenhar o proletariado dos ex-Estados operários, como o chinês, o russo e o ucraniano, para frear a guerra e derrotar a OTAN e os governos restauracionistas. Nestes Estados estamos assistindo a uma contradição histórica, na qual a burocracia contrarrevolucionária, que ainda não consegue se constituir como classe e continua buscando de forma infrutífera experimentos de acumulação, deve assumir tarefas burguesas da época imperialista, como restaurar o domínio do capital. Mas, ao mesmo tempo, o imperialismo não reconhece essa formação social como representante para essa tarefa histórica. A extensão no tempo desta anomalia é o que está levando a uma guerra, ainda encapsulada. No entanto, ao chegar a este ponto, já não seria como as outras guerras mundiais, que foram pela divisão do mercado na expansão do sistema capitalista, mas sim para assimilar os ex-Estados operários no momento de maior decadência e decomposição do imperialismo. Sustentamos que estamos num cenário novo, não só porque já não existem as condições econômicas e políticas do período de guerra mundial, mas também porque não existem as mediações partidárias ou movimentos políticos com base operária que se desenvolveram naquele período. Por isso é difícil e até estéril buscar analogias históricas, como as que dizem que estamos num momento como o anterior a 1915 ou outros. O que devemos constatar é que o imperialismo em sua decadência pode levar os trabalhadores a enfrentamentos militares e acreditamos que a dinâmica mundial está dando indícios desses preparativos. Devemos enfrentar a guerra com a revolução, guiados pela teoria da revolução permanente.
Hoje presenciamos a crise das correntes que ainda reivindicam o legado de Mandel, Moreno, Ted Grant, Lambert e outros que não conseguem dar resposta aos processos abertos. Como se viram na necessidade de se desenvolver num período que já está desaparecendo, estão se tornando obsoletos para orientar a prática revolucionária atual. Em seu momento tiveram de responder a processos históricos muito contraditórios como a política contrarrevolucionária do estalinismo (desde a autoridade da Revolução Russa e da URSS), o surgimento dos Estados de bem-estar e toda uma série de políticas imperialistas para dar concessões a setores de massas em sua competição contra o sistema soviético, etc. Ao não se desenvolver a direção revolucionária, pelo fato de que a IV Internacional não conseguiu superar o estágio germinal, terminaram desenvolvendo diferentes variantes de adaptações ao Estado e suas instituições, seja nos países imperialistas como semicoloniais. Em geral, terminaram separando economia de política e caíram em armadilhas de conciliação de classes, sustentando essa ideia como norte sem entender a dinâmica da revolução permanente onde já não estão as tendências organizadas do passado, e onde se coloca o caráter da revolução, em chave mundial e não nacional. Agora, por essa adaptação, não conseguem dar resposta à queda do Estado de bem-estar na Europa, aos processos de assimilação dos ex-Estados operários, à decomposição imperialista e aos desafios da luta de classes. Ainda assim, nossa corrente continua viva como continuidade do marxismo revolucionário. Isso impõe recuperar o método que nos ensinaram os grandes revolucionários do passado, para completar a tarefa de desenvolver a luta pelo socialismo nas condições atuais. Precisamos de uma Internacional, que para nós é a IV Internacional, que ordene os debates e defina as tarefas em todas as seções nacionais, unificando a luta dos batalhões do proletariado que se destacam em todo o mundo.
Fazemos este chamado para que comecemos a abordar esta tarefa histórica, para resolver a crise da humanidade, que é a crise de direção revolucionária do proletariado.